É cedo, abro a janela, vem um ar fresco, fecho os olhos e inspiro um ar puro... deixo-me absorver por aquela brisa matinal que me entra pelas narinas, percorrendo-me o corpo em segundos...
Os meus olhos, abrem-se lentamente. Ao fundo vejo o sol a nascer, o céu é rasgado pela luz de um dia novo que irá começar.
O pensamento, é contemplado por uma absorção da Natureza...
O verde dos campos, o ladrar longínquo dos cães, o murmurar das pessoas que se levantam bem cedo, o apito da carrinha do pão, o chilrrear dos passarinhos...
Vou para a rua, os meus passos são lentos, os meus movimentos alteram-se, afinal o tempo corre velozmente, eu não quero perder a maravilhosa Contemplação da Natureza.
Ela inspira-me... Subo o monte, sento-me e consigo ouvir um silêncio, um silencio que poucos conseguem... É um silêncio que me fala, que me segreda em grito mudo.
Sorrio... Afinal não estou sózinha, ao lado está uma brisa que vem do horizonte, que me embala os cabelos, que me faz arrepiar de tão belo que é viver no campo.
Á frente, os malmequeres sorriem para mim, quase que todo o branco e amarelo me transcedem os pensamentos.
Não quero sair daqui, quero ficar neste silêncio melódico, neste belo espaço que é contemplativo.
Transcede Vida, transcede Pureza, transcede o Limite dos Céus.
Ao longe, avisto uma borboleta, voa até junto de mim e posa na minha mão...
Ela tenta falar comigo, mas eu estou tão focada na beleza do verde, na beleza do campo... Ela, insiste e eu sou invadida pela sua cor, olho para ela com ternura, é quando o meu pensamento se enche de prédios, barulho, pouca sociabilidade... pessoas que caminham de pé acelarado, cruzando-se sem se verem...
Olho para cima, no pouco céu que avisto, o cinzento domina sobre o azul, pigmentado pela poluição.
Quero fugir... Rapidamente... O cansaço atinge-me de forma avassaladoura...
Com um suave sopro, deixo partir a Borboleta para o seu Mundo, afinal, eu também quero ficar no meu...
Ela voa, talvez vá susurrar ao ouvido de alguns para virem ouvir o que o campo lhes tem para dizer...
Levanto-me, abro os braços e corro, tão depressas, que quase os meus pés não tocam no solo.
Estou Feliz e cheia de Luz, afinal vivo no Campo.
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